Delil SOULEIMAN / AFP – 18.06.22
O número de alunos cuja escolaridade foi interrompida quase triplicou desde 2016 e alcançou um recorde de 222 milhões, por várias crises, indicou a diretora do fundo da ONU para a educação em situações de emergências, Yasmine Sherif.
Um terço desses alunos está completamente fora da escola e mais da metade, 119,6 milhões, vão à escola sem atingir “um nível mínimo de proficiência”, especialmente em matemática e leitura, afirmou.
“Isso significa que 222 milhões de sonhos” foram desfeitos, acrescentou.
“Não vamos abandonar essas vítimas. Vamos ajudar a transformar esses sonhos em realidade”, destacou a responsável.
Este número “escandaloso”, que diz respeito majoritariamente a menores de 18 anos que geralmente vivem em áreas de conflito, é um “recorde”.
No último censo de 2016, apenas 75 milhões de alunos estavam nessa situação. Segundo ela, o aumento nos últimos seis anos está relacionado à pandemia de covid-19, às mudanças climáticas e à persistência de conflitos armados.
Na esmagadora maioria dos casos, mais de oito em cada dez, essas crianças e jovens vivem em áreas onde o conflito dura há anos, como a Síria, a República Democrática do Congo e o Afeganistão.
O conflito em andamento na Ucrânia, que afeta a escolaridade de 5,7 milhões de alunos, também contribui para o aumento observado neste ano.
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