NIAID/Wikimedia Commons
A OMS (Organização Mundial da Saúde) confirmou nesta quarta-feira (27) mais uma morte em decorrência de infecção pelo vírus de Marburg, da mesma família do ebola, em Gana. Com isso, o país já totaliza três óbitos nos últimos dias.
A morte mais recente foi de outro membro da família diagnosticada com o vírus. Além disso, o atual surto soma quatro casos, que seguem sob supervisão da OMS.
A organização alegou por meio do Twitter que está com “extensa investigação de campo em andamento e está no terreno apoiando as autoridades de saúde.”
A doença é considerada pela OMS como altamente violenta, pois causa febre hemorrágica, com taxa de mortalidade de até 88%. A infecção humana pode se dar por meio de uma exposição prolongada a minas ou cavernas repletas de colônias de morcegos Rousettus.
Uma vez que a pessoa é infectada pelo vírus, este ganha a capacidade de se espalhar pelo contato humano direto (com as membranas mucosas, como a boca, por exemplo), através do sangue, secreções, órgãos ou demais fluidos corporais de pessoas infectadas. Além do mais, a infecção pode ser passada pelo contato com superficíes e materiais contaminados, como roupas de cama.
Vale ressaltar que o período que o indivíduo fica com o vírus varia de dois a 21 dias e que a doença começa abruptamente com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar, e muitos infectados desenvolvem sinais hemorrágicos graves em sete dias.
Segundo a OMS, os outros dois pacientes, sem relações interpessoais, que testaram positivo para o vírus e vieram a óbito eram da região sul de Ashanti (centro de Gana) e apresentaram sintomas como diarreia, febre, náusea e vômito.
O primeiro era um homem de 26 anos que deu entrada em um hospital no dia 26 de junho de 2022 e morreu no dia seguinte. O segundo caso foi um homem de 51 anos internado em 28 de junho e que foi a óbito no mesmo dia.
A OMS considera dois grandes surtos da doença que ocorreram simultaneamente na Alemanha — em Marburg e Frankfurt — e na Sérvia (em Belgrado), em 1967, e foram responsáveis pelo primeiro reconhecimento da doença.
Na época, os casos foram associados a um trabalho de laboratório realizado com macacos-verdes africanos importados de Uganda.
Posteriormente, diversos surtos e casos esporádicos da doença foram relatados em Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul (em uma pessoa com histórico de viagem recente ao Zimbábue) e Uganda.
Dois casos de viajantes que testaram positivo após terem visitado uma caverna habitada por morcegos Rousettus, em Uganda, também foram mapeados em 2008.
Ainda não existem vacinas ou tratamentos antivirais aprovados contra o vírus de Marburg. A terapia é direcionada à contenção dos sintomas e os cuidados são clínicos, como reidratação com fluidos orais ou intravenosos.
Uma série de tratamentos potenciais, como terapias imunológicas e medicamentosas, bem como vacinas candidatas com dados de fase 1, está sendo avaliada.
Suplementação de ômega 3 traz benefícios para o coração e mente