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Advogado diz que paciente que pode ter sido vítima de anestesista recebeu elogio por tatuagem

Médico está preso em Bangu 8

Médico está preso em Bangu 8
Reprodução/Redes sociais

A primeira paciente atendida no último domingo (10) pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente durante um parto cesárea, prestou depoimento à polícia na quinta-feira (14). Ela confirmou ter sido sedada pelo médico e ficado desacordada durante a cirurgia. 

O advogado da mulher, que teve a identidade preservada, disse à imprensa que ela percebeu um comportamento estranho por parte do anestesista. 

“Ele [Giovanni] não deixou o enfermeiro colocar a sonda. Isso não é coisa de anestesista. Ele começou a elogiar a tatuagem dela. Ele falou que ela tomaria a injeção sentada. Ela já teve outro filho e sabe que é deitada. Ela também falou que estava suja e com vergonha, e ele falou: ‘eu te limpo’. Isso também não é função do anestesista, é do enfermeiro”, falou o advogado Joabs Sobrinho.

A vítima que aparece nas imagens feitas pela equipe médica sendo abusada sexualmente foi a terceira paciente a ser atendida pelo anestesista no dia do crime.  Ela ainda não prestou depoimento, mas o marido dela está em contato direto com os investigadores.

Segundo informações da Record TV Rio, após obter os relatos de cinco pacientes e nove testemunhas, a  delegada Bárbara Lomba, responsável pela investigação, suspeita que Giovanni tenha cometido os mesmos atos com as três mulheres levadas para o centro cirúrgico no dia do flagrante.

A polícia já pediu aos hospitais, onde o médico trabalhou, a relação de pacientes atendidas por ele. Em uma das unidades de saúde, a lista é de 40 mulheres. A delegada disse que ainda não é possível afirmar que elas tenham sido vítimas de abuso, mas todas serão ouvidas no inquérito que investiga o caso.

Segundo o cadastro nacional de médicos, Giovanni atuou nos últimos três anos como clínico geral, ginecologista e mastologista — áreas destinadas ao público feminino.

O anestesista está preso preventivamente em uma cela individual em Bangu 8, na zona oeste do Rio, após ter sido hostilizado por outros detentos ao dar entrada na unidade. 

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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