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Telescópio Webb revela imagem da formação das primeiras galáxias

Imagem mostra as primeiras galáxias, formadas há 13 bilhões de anos

Imagem mostra as primeiras galáxias, formadas há 13 bilhões de anos
Handout/NASA/AFP – 11.07.2022

O telescópio espacial James Webb, o mais potente já colocado em órbita, revelou nesta segunda-feira (11) a “imagem infravermelha mais profunda e nítida do universo primitivo”, sendo os primeiros registros das galáxias formadas após o Big Bang.

A imagem divulgada pela Nasa hoje aponta formações ocorridas cerca de 13 bilhões de anos atrás.

A foto, repleta de pontos de luz de vários tamanhos, apresenta pontos tênues de luz que nunca tinha sido observados. É um dia “histórico”, celebrou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante a apresentação ocorrida na Casa Blanca.

O observatório James Webb, de 9 bilhões de dólares (R$ 48 bilhões), o maior e mais poderoso telescópio de ciência espacial já lançado, foi projetado para perscrutar através do cosmos até o alvorecer do universo conhecido, inaugurando uma era revolucionária de descobertas astronômicas.

Na sexta-feira (8), a agência espacial publicou uma lista de cinco assuntos celestes escolhidos para sua estreia como vitrine do Webb. Um deles foi visualizado por Biden, junto com o chefe da Nasa, Bill Nelson.

O Webb foi construído sob contrato pela gigante aeroespacial Northrop Grumman Corp. Ele foi lançado ao espaço para a Nasa e suas contrapartes europeias e canadenses no dia de Natal de 2021 da Guiana Francesa, na costa nordeste da América do Sul.

O lançamento altamente antecipado de suas primeiras imagens segue um processo de seis meses de desdobramento remoto dos vários componentes do Webb, alinhando seus espelhos e instrumentos de calibração.

Com o Webb agora bem ajustado e totalmente focado, os cientistas embarcarão em uma lista competitivamente selecionada de missões explorando a evolução das galáxias, os ciclos de vida das estrelas, as atmosferas de exoplanetas distantes e as luas do nosso sistema solar externo.

Construído para ver seus objetos principalmente no espectro infravermelho, o Webb é cerca de 100 vezes mais sensível que seu antecessor de 30 anos, o Telescópio Espacial Hubble, que opera principalmente em comprimentos de onda ópticos e ultravioleta.

A superfície coletora de luz muito maior do espelho primário de Webb — uma matriz de 18 segmentos hexagonais de metal de berílio revestido de ouro — permite observar objetos a distâncias maiores, portanto, mais atrás no tempo, do que o Hubble ou qualquer outro telescópio.

Todos os cinco alvos introdutórios de Webb já eram conhecidos pelos cientistas. Entre elas estão duas enormes nuvens de gás e poeira lançadas no espaço por explosões estelares para formar incubadoras de novas estrelas — a Nebulosa Carina e a Nebulosa do Anel Sul, cada uma a milhares de anos-luz de distância da Terra.

A coleção também inclui dois conjuntos muito diferentes de aglomerados de galáxias. Um deles, o Quinteto de Stephan, foi identificado pela primeira vez em 1877 e engloba várias galáxias descritas pela Nasa como “trancadas em uma dança cósmica de repetidos encontros próximos”.

A outra é uma descoberta muito mais recente apelidada de SMACS 0723, apresentando objetos em primeiro plano tão massivos que agem como “lentes gravitacionais”, uma distorção visual do espaço que amplia muito a luz que vem por trás deles para expor objetos ainda mais fracos mais distantes.

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