GABRIEL BASTOS/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO – 21.6.2022
A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer ouvir o ex-presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, e o do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre eventual interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas estatais. De acordo com a PGR, as oitivas são importantes para trazer elementos para avaliar o teor das acusações.
Roberto Castelo Branco afirmou em entrevista que teria, no celular funcional, entregue à Petrobras quando ele saiu do cargo, diálogos que incriminariam o presidente. A intenção seria interferir nos preços aplicados sobre o combustível para obter aceitação eleitoral.
De acordo com a PGR, os elementos enviados à instituição até o momento não são suficientes para caracterizar o crime. Por conta disso, são necessárias mais diligências relacionadas ao caso.
O documento é assinado pela vice-procuradora-geral da república, Lindôra Araújo. “Os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pleiteada. Todavia, o diálogo mantido e de teor não negado pelos interlocutores suscita maiores esclarecimentos que podem nortear providências investigativas não açodadas ou temerárias”, escreveu.
O pedido foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.