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A ‘Rainha das Criptomoedas’ entrou para a lista das 10 pessoas mais procuradas do FBI, a polícia federal americana, na quinta-feira (30). A búlgara Ruja Ignatova, de 42 anos, é acusada de liderar um grande esquema que desviou US$ 4 bilhões, mais de R$ 20 bilhões, de investidores no mundo todo.
A mulher e o marido fundaram a empresa OneCoin em 2014 e prometiam que a nova moeda digital seria concorrer com o Bitcoin. A propaganda do casal era que a criptomoeda seria o “Bitcoin killer” ou “matadora de bitcoin”, em tradução livre.
As autoridades acusam o casal de usar a OneCoin para montar um esquema de pirâmide, chamado também de marketing multinível, quando os envolvidos precisam convencer outras pessoas a fazer investimentos para receber recompensas.
Segundo os investigadores, a OneCoin não era baseada no blockchain, tecnologia que protege as transações e garante o valor de mercado. Além disso, a cotação da moeda virtual era determinada pelos próprios donos da empresa e não pela demanda.
“A OneCoin alegou ter uma blockchain privada”, diz o agente especial Ronald Shimko. “Isso contrasta com outras moedas virtuais, que têm uma blockchain descentralizada e pública. Neste caso, os investidores foram convidados a confiar na OneCoin.”
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Em outubro de 2017, a justiça americana emitiu um mandado de prisão para Ruja. As autoridades acreditam que a mulher foi avisada sobre as investigações que estavam sendo conduzidas tanto nos EUA quanto em outros países e fugiu.
A última notícia do paradeiro dela é de novembro de 2017, quando viajou de Sofia, capital da Bulgária, para Atena, na Grécia. Desde então, não há mais informações de onde Ruja poderia estar.
A polícia federal americana está oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil, cerca de R$ 500 mil, para quem passar informações que levem à prisão de Ruja.