União Africana exige que vacinação contra varíola do macaco comece no continente

União Africana exige uma campanha de vacinação contra varíola dos macacos

União Africana exige uma campanha de vacinação contra varíola dos macacos
EFE/EPA/NIC BOTHMA

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (África CDC), uma agência da União Africana (UA), exigiram nesta quinta-feira (16) que “qualquer campanha de vacinação contra a varíola do macaco” comece no continente, onde há 12 países onde a doença é endêmica.

“Nossa posição é de que a campanha global de vacinação contra a varíola do macaco deve começar aqui, na África, onde o peso dos casos é maior, o risco é maior e a doença também é mais distribuída geograficamente”, disse o novo diretor do África CDC, Ahmed Ogwell, em entrevista coletiva por teleconferência.

“Não podemos repetir o cenário que aconteceu com as vacinas contra a covid, quando a África não tinha doses suficientes disponíveis”, frisou.

Apesar do fato de a África ter registrado até agora cerca de 1.500 casos de varíola do macaco neste ano e 66 mortes causadas por ela, as vacinas contra a doença ainda não chegaram aos países do continente, segundo Ogwell.

O nível de alerta causado pelos casos de varíola do macaco em países onde ela não é endêmica contrasta com a situação na África, um continente familiarizado com essa doença há mais de cinco décadas, mas que tem recebido pouca atenção internacional.

Todos os países onde a varíola do macaco é endêmica são africanos: Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana (onde só foi identificada em animais), Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul.