Mudança no combustível pode segurar alta de passagens aéreas

Mudança no combustível deve segurar alta no preço de passagens aéreas no Brasil

Mudança no combustível deve segurar alta no preço de passagens aéreas no Brasil
Márcio Neves/R7

Desde o início de 2022, as empresas aéreas brasileiras passaram a poder usar querosene de aviação JET-A, comercializado no mercado internacional e mais barato do que o único autorizado até dezembro de 2021, o JET-A1. A mudança foi possível graças à medida aprovada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) no fim de outubro de 2021.

A autorização do uso do JET-A deve ajudar a segurar o preço das passagens aéreas, pressionado pela desvalorização do real — já que os custos da aviação são em dólar — e pela alta internacional do petróleo. Cerca de 30% dos custos das aéreas é composto de QAV (querosene de aviação).

O JET-A1 é resistente a temperaturas polares, e a avaliação do Ministério da Infraestrutura e da ANP é que as temperaturas baixas no país não chegam perto das polares, não havendo necessidade de se usar esse combustível, que é 6 centavos de dólar mais caro por galão, como afirmou o secretário-executivo da pasta, Marcelo Sampaio.

Secretário-executivo da Infraestrutura, Marcelo Sampaio

Secretário-executivo da Infraestrutura, Marcelo Sampaio
Ministério Infraesturura/Divulgação

“Todos os custos da aviação são em dólar. Permitimos a mudança do tipo de querosene de aviação, o que era uma demanda do setor. A gente utilizava o JET-A1, que tem um ponto de congelamento menor, usado no Canadá, em situações polares. Para garantir que não vá congelar. E o Brasil só voava com JET-A1, que chega a ser 6 centavos de dólar mais caro por galão. Nós autorizamos o uso do JET-A, junto com a ANP, e a partir de janeiro agora todas as refinarias se ajustaram e as companhias poderão usar esse querosene”, disse.